A
violência doméstica é um problema que assola milhares de pessoas,
na maioria das vezes, de forma silenciosa e obscura. Não se
restringe a um nível social, econômico, religioso ou cultural.
Trata-se de uma realidade social que gradativamente se infiltra no
convívio familiar e destrói os anseios afetivos, formando assim,
pessoas de caráter conturbado.
É
notável que, a instabilidade emocional no lar, pode impedir um bom
funcionamento físico e mental da vítima, principalmente, quando se
trata de uma criança, pois é na infância o período do
desenvolvimento de grande parte das características afetivas e de
personalidade que carregará para a vida adulta. O normal na infância
é reproduzir as atitudes de adultos que o cercam. A maneira de
reagir à vida e viver em sociedade, noções de direito e respeito
aos outros, como resolver conflitos, frustrações ou conquistar
objetivos, tolerar perdas, e tantas outras formas de se portar diante
da vida, são intensamente influenciadas durante a primeira fase da
existência.
Portanto,
se o ambiente de crescimento da criança e do adolescente é um antro
de violência, abusos e negligências, a tendência é que se tornem
agressoras na idade adulta, pois seu comportamento é um reflexo de
suas experiências domésticas. E grandes indícios de má formação
de personalidade geralmente são observados em tenra idade.
Percebe-se
grande dificuldade por parte da instituição escolar na
concretização da sua função, que é fornecer o conhecimento
necessário para o enfrentamento profissional cultural e pessoal;
quando, em contrapartida, a família negligencia seu papel
primordial, o fornecimento de estrutura emocional para que a criança
consiga conviver em sociedade. Neste contexto, o presente projeto
proporcionou aos alunos dos 7º e 8º anos matutino uma oportunidade
de conhecer seus direitos e deveres relacionados às consequências
da violência doméstica.
A
mudança de comportamento da nossa sociedade está no valor e cuidado
que damos às crianças e adolescentes hoje.
OBS:
Parte deste texto foi tirado do projeto apresentado ao setor de
extensão e cultura da Universidade Alto Vale do Rio do Peixe, para
aplicação no Centro Educacional Municipal São Miguel, por: Ruthnéa Bernadete
Fernandes Fritzen, acadêmica de Direito 3ª fase.
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