Alunos das Classes de Aceleração
visitam o Museu do Contestado em Taquaruçu.
Os alunos do Centro Educacional Municipal São Miguel
visitaram o Museu do Contestado no Taquaruçu.
Fomos muito bem
recebidos pela tia Nice. Durante a visita, os alunos interagiram com a
monitora, a qual nos contou sobre a guerra, e nos levou a um passeio nos locais
onde aconteceu o massacre e que hoje mais parece um espaço de lazer.
A Guerra do Contestado
foi um conflito que alcançou enormes proporções na história do Brasil e,
particularmente, dos Estados do Paraná e de Santa Catarina. Semelhante a outros graves momentos de crise,
interesses político-econômicos e messianismo se misturaram ao contexto
explosivo. Ocorrido entre 1912 e 1916, o conflito envolveu, de um lado, a
população cabocla daqueles Estados, e, de outro, os dois governos estaduais,
apoiados pelo presidente da República, Hermes da Fonseca.
A região do conflito, localizada entre os dois Estados, era disputada pelos governos paranaense e catarinense. Afinal, era uma área rica em erva-mate e, sobretudo, madeira. Originalmente, os moradores da região eram posseiros caboclos e pequenos fazendeiros que viviam da comercialização daqueles produtos.
Sob a liderança de José Maria, os camponeses expulsos
de suas terras e os antigos trabalhadores da Brazil Railway organizaram uma
comunidade no intuito de solucionar os problemas ocasionados pela tomada das
terras e pelo desemprego. Uniram-se ao grupo os fazendeiros prejudicados pela
presença da Lumber na região. Tudo isso reforçado pelo discurso messiânico do
monge José Maria, que logo declarou a comunidade sob sua liderança como um
governo independente.
A mobilização na região passou a incomodar o governo federal não apenas por crescer rapidamente, com a formação de novas comunidades, mas também porque os rebeldes passaram a associar os problemas econômicos e sociais à República. Ao mesmo tempo, os coronéis locais ficaram incomodados com o surgimento de lideranças paralelas, como José Maria. Já a Igreja, diante do messianismo que envolvia o movimento, também defendeu a intervenção na região.
De forma autoritária e repressiva, os governos do Paraná e de Santa Catarina, articulados com o presidente Hermes da Fonseca, começaram a combater os rebeldes. Embora tenham tido pouco sucesso nos dois primeiros anos do conflito, as forças oficiais obtiveram, a partir de 1914, sucessivas vitórias sobre os revoltosos - graças à truculência das tropas e ao seu numeroso efetivo, que contava com homens do Exército brasileiro e das polícias dos dois estados.
Com quase 46 meses de conflito, a Guerra do Contestado superou até mesmo Canudos em duração e número de mortes. Famintos e com cada vez mais baixas, diante do conflito prolongado, da força e crueldade das tropas oficiais e da epidemia de tifo, os revoltos caminharam para a derrota final, consumada em agosto de 1916 com a prisão de Deodato Manuel Ramos, último líder do Contestado.
A mobilização na região passou a incomodar o governo federal não apenas por crescer rapidamente, com a formação de novas comunidades, mas também porque os rebeldes passaram a associar os problemas econômicos e sociais à República. Ao mesmo tempo, os coronéis locais ficaram incomodados com o surgimento de lideranças paralelas, como José Maria. Já a Igreja, diante do messianismo que envolvia o movimento, também defendeu a intervenção na região.
De forma autoritária e repressiva, os governos do Paraná e de Santa Catarina, articulados com o presidente Hermes da Fonseca, começaram a combater os rebeldes. Embora tenham tido pouco sucesso nos dois primeiros anos do conflito, as forças oficiais obtiveram, a partir de 1914, sucessivas vitórias sobre os revoltosos - graças à truculência das tropas e ao seu numeroso efetivo, que contava com homens do Exército brasileiro e das polícias dos dois estados.
Com quase 46 meses de conflito, a Guerra do Contestado superou até mesmo Canudos em duração e número de mortes. Famintos e com cada vez mais baixas, diante do conflito prolongado, da força e crueldade das tropas oficiais e da epidemia de tifo, os revoltos caminharam para a derrota final, consumada em agosto de 1916 com a prisão de Deodato Manuel Ramos, último líder do Contestado.
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